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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Coimbra tem mais encanto na hora...

Porque fomos revisitar Coimbra(Aeminium) de comboio( gostavamos tanto que se evocasse mais esta forma de viajar, de estar,que foi e ainda é, glosada naturalmente, por tantos escritores), deixamos aqui algumas das óptimas impressões com que ficamos.
Percorremos uma parte da cidade a pé ,porque é desta forma que gostamos de sentir e ver os lugares.Não advogamos o turismo de correria,da voracidade que alguns utilizam para visitar paisagens de calendário.Como ainda é actual, Mémoirs d'un Touriste, de Stendhal.
Começamos pela bela estação da autoria de Cottinelli Telmo e fomos admirar o Hotel Astória que ainda conserva o primeiro elevador da cidade e o ar charmoso"art deco".Ao chegar ao Largo da portagem relembramos Miguel Torga. Na Ferreira Borges a  centenária farmácia Nazareth.Depois o belíssimo café Santa Cruz, a Igreja profundamente modificada no séc.XVI. Na Praça do Comércio a igreja de S. Bartolomeu redificada  em 1756 no estilo barroco. No outro extremo a igreja de São Tiago.A Sé Velha,que mantém a sua linha primitiva e é digna de uma visita demorada. Que testemunhos!
O mestre de Avis quis ser eleito em Coimbra.Escola de escultores, que nos legaram obras admiráveis, apesar do Mondego ter enterrado tanto património:paços,conventos,igrejas que ficavam na "Baixa".E aquela igreja do Colégio das Artes que pertencia aos jesuítas. Que beleza! Mas a Universidade é talvez o monumento mais emblemático. A Sala dos Capelos,a Capela de S. Miguel que tão bem retrata o esplendor do manuelino,a Biblioteca Joanina.Magnificência, num espaço relativamente reduzido.
Descemos para o lado sul da cidade para ir de encontro a Santa Clara -a -Velha,na margem esquerda do rio.Evocam-se aqui três rainhas: a rainha Santa Isabel,  a doce e bela Inês que aqui foi sepultada e depois levada para Alcobaça, e a triste e desventurada Beltraneja ou Excelente Senhora.
Por fim a Quinta das Lágrimas já ao desmaiar do dia,para ir à Fonte dos Amores acumular memórias .

E embarcamos










E regressamos ao Porto,pensando no encantamento de viajar  num tempo assim e voltar ...sempre.

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Claridade frouxa em Torre das Vargens

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