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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Do Cávado à lenda do galo

Barcelos ,"terra de Condes e Galos" será o próximo programa.
Falaremos dos tempos romanos,nesta interessante cidade.Ao apreciarmos a ponte medieval, logo soltaremos  o nosso olhar para o Paço dos Condes de Barcelos,pensando naturalmente em D. Pedro,filho de D. Dinis,terceiro Conde de Barcelos,que foi poeta,historiador e que acabou os seus dias no seu Paço de Lalim.E logo ali ao lado a Igreja matriz, dedicada a Santa Maria Maior,que é um belo exemplo, da transição do românico para o gótico;a imagem da Senhora da Franqueira, tanto venerada nesta região,certamente não deixará ninguém indiferente , e os azulejos setecentistas e a Virgem do séc. XIV,em pedra de Ançã....enfim, tanto para admirar.
Certamente não esqueceremos a óptima gastronomia minhota, com o seu famoso galo recheado, as papas de sarrabulho, a doçaria, que pelas suas queijadinhas,doces de romaria ou sonhos nos permitem provar sabores únicos.
Passearemos pelo centro histórico para apreciar as velhas Casas senhoriais: Casa da Nogueira, Casa da Calçada, Casa dos Andrades e Almada,enfim uma panóplia de belíssimos edifícios que perpetuam a nossa história e, porque não dizê-lo, a prestigiam.
Regressaremos ao Porto de comboio como sempre,porque para nós é sempre um veículo sentimental,que nos ajuda a continuar as visitas, a ler paisagens  ao longo dos carris,trazendo-nos à memória outros tempos,outras emoções, outras geografias sentimentais...


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Coimbra tem mais encanto na hora...

Porque fomos revisitar Coimbra(Aeminium) de comboio( gostavamos tanto que se evocasse mais esta forma de viajar, de estar,que foi e ainda é, glosada naturalmente, por tantos escritores), deixamos aqui algumas das óptimas impressões com que ficamos.
Percorremos uma parte da cidade a pé ,porque é desta forma que gostamos de sentir e ver os lugares.Não advogamos o turismo de correria,da voracidade que alguns utilizam para visitar paisagens de calendário.Como ainda é actual, Mémoirs d'un Touriste, de Stendhal.
Começamos pela bela estação da autoria de Cottinelli Telmo e fomos admirar o Hotel Astória que ainda conserva o primeiro elevador da cidade e o ar charmoso"art deco".Ao chegar ao Largo da portagem relembramos Miguel Torga. Na Ferreira Borges a  centenária farmácia Nazareth.Depois o belíssimo café Santa Cruz, a Igreja profundamente modificada no séc.XVI. Na Praça do Comércio a igreja de S. Bartolomeu redificada  em 1756 no estilo barroco. No outro extremo a igreja de São Tiago.A Sé Velha,que mantém a sua linha primitiva e é digna de uma visita demorada. Que testemunhos!
O mestre de Avis quis ser eleito em Coimbra.Escola de escultores, que nos legaram obras admiráveis, apesar do Mondego ter enterrado tanto património:paços,conventos,igrejas que ficavam na "Baixa".E aquela igreja do Colégio das Artes que pertencia aos jesuítas. Que beleza! Mas a Universidade é talvez o monumento mais emblemático. A Sala dos Capelos,a Capela de S. Miguel que tão bem retrata o esplendor do manuelino,a Biblioteca Joanina.Magnificência, num espaço relativamente reduzido.
Descemos para o lado sul da cidade para ir de encontro a Santa Clara -a -Velha,na margem esquerda do rio.Evocam-se aqui três rainhas: a rainha Santa Isabel,  a doce e bela Inês que aqui foi sepultada e depois levada para Alcobaça, e a triste e desventurada Beltraneja ou Excelente Senhora.
Por fim a Quinta das Lágrimas já ao desmaiar do dia,para ir à Fonte dos Amores acumular memórias .

E embarcamos










E regressamos ao Porto,pensando no encantamento de viajar  num tempo assim e voltar ...sempre.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Gostamos de coleccionar emoções,recordações de viagens,de recordar partidas e chegadas,lugares desconhecidos do país,viajando através de carris ,veredas e claridades ora frouxas ora luminosas.
Revisitar o nosso património ,mas também o nosso imaginário literário e cultural,observar as transformações que a modernidade trouxe ao território,analisar o que de bom ou mau, os sinais dos tempos trouxeram à nossa economia,à nossa geografia.
Gostamos de criar alegrias raras.
Viajar de comboio? Traz-nos um certo deleite nostálgico e até romanesco.A lentidão por vezes da viagem, é um bem.Permite-nos observar, sentir, ler a paisagem como em nenhum outro meio,sem fervores excessivos,porque viajar é sublimar a Vida.
Querem uma Viagem Sentimental?Venham connosco...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

"O comboio desloca-se por caminhos comuns à nossa história,ao nosso entendimento da memória,à maneira como hoje construímos recordações e alegrias raras(como é a alegria do reconhecimento),de certo modo,o futuro é impossível sem essa memória".(Francisco José Viegas)

Claridade frouxa em Torre das Vargens

Claridade frouxa em Torre das Vargens